O hospital, mais que um lugar de cura, é um portal de revelações, onde a fragilidade humana encontra sua face mais nua.
Em seus corredores silenciosos, desenrola-se o drama entre o toque profissional e o clamor da alma.
Vemos primeiro os guardiões, aqueles que se habituaram ao ofício da urgência: os profissionais de saúde.
Em seus olhos, a dor alheia se tornou paisagem; o sofrimento é rotina, tratado com a precisão fria do protocolo.
Por vezes, esta lida constante ergue muros de gelo no coração, protegendo-o da exaustão emocional.
A fé, o amparo maior, jaz distante.
Quando se oferece uma palavra de esperança divina, a resposta é apenas um "obrigado" formal, um "tá" mecânico, onde deveria ecoar um "Amém".
A frieza não é maldade; é o cansaço de quem lida diariamente com o caos, transformando a compaixão em piloto automático.
No leito, jaz a outra face: o paciente.
Aqui, a dor íntima rasga o véu da autossuficiência.
O tempo de espera é uma eternidade que exige soluções imediatas para o corpo e a alma.
A urgência de "acertar a vida" inflama a crença.
Os "Améns" já não são respostas, mas sim o primeiro grito, uma oração de reflexo que brota do medo e da profunda necessidade de salvação.
A dor os amolece, o temor os comove, e a busca pela mão de Deus torna-se desesperada e real.
Em meio a este contraste, entre a indiferença endurecida do dever e a súplica sincera do medo, o hospital é a encruzilhada onde cada coração deve escolher seu destino.
É o momento crucial de definir se a crença é uma verdade eterna ou apenas um refúgio de última hora.
Mas, neste cenário de dor e esperança, surge o Cristo.
Jesus é o Sol que vem quebrar os muros de gelo e acalmar o fogo da aflição.
Ele se apresenta não apenas como cura para o corpo, mas como o Sentido que preenche o vazio do profissional exausto e a angústia do paciente temeroso.
JESUS veio salvar, e os doentes que Ele procura não são apenas aqueles nos leitos, mas também aqueles que se escondem por trás do jaleco, aqueles que se sentem deuses por sua capacidade, mas que estão perdidos na indiferença.
Que possamos reagir não pelo pânico da morte, nem pela rotina cega do trabalho, mas pela consciência de que a Vida Eterna nos foi dada por meio de CRISTO.
Aproveitemos esta oportunidade, neste cenário de dor e esperança, para crer, receber e ser transformado.
Original:
Andando por hospitais, sempre teremos encontros interessantes.
O primeiro será com profissionais, que acostumados com a calamidade humana, estão ali para socorrer, prestar serviço aos doentes, que em sua maioria, assustados contam com cuidados e palavras positivas.
Neste caso, percebo o sentimento para com DEUS muito distante de uma fé que lhe possa ser amparo e força.
Ao conversar com alguns, percebemos que a "credulidade" está bem distante de seus corações, quando nas suas falas de reciprocidade, ouvimos um "tá" ou "obrigado", ao invés de "amém".
Em sua grande parte, estão frios, acostumados em lidar com o caos automaticamente.
Do outro lado, estão os pacientes, que impacientes, esperam soluções para sua dor, para suas questões mais íntimas.
Acertar a vida, e destes, os "améns" fluem mais rápido, quase que num pedido de socorro.
Entre os dois tipos perceberemos que a dor afeta, enrijece ou amolece os corações.
Mas é importante que tenhamos que definir, uma hora ou outra, se cremos de fato ou estamos nos deixando levar pelo medo da morte ou pela intensa dor, quem sabe, pela frieza do "bater o cartão" e logo se livrar, pois estou aqui apenas para isto.
Entre a fé e a frieza, vem JESUS para aquecer os corações que o recebem, e que dão sentido à vida, seja do profissional, seja do paciente.
Os olhares por vezes perdidos revelarão onde a mente está e a que veio cada um para esta vida.
Precisamos reagir, não pela dor ou medo, ou pelo descaso com a fé... precisamos ter consciência de que JESUS veio salvar o perdido, justificar pecadores e dar a VIDA eterna - e os doentes a quem Ele veio salvar são todos, inclusive a classe profissional que acha não precisar DELE e sentirem-se deuses.
Aproveitemos a oportunidade para crer e sermos salvos.